quarta-feira, 27 de maio de 2009
Formas de estar (é preciso movimentar)
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Não estaremos, mas é como se estivéssemos
PELO DIREITO A UMA VIDA COM DIREITOS
15 Maio | 19h | Largo S. Domingos
(junto ao Teatro Nacional D. Maria II)
Um conjunto de associações portuguesas, brasileiras e espanholas desenvolvem, no dia 15 de Maio, uma intervenção artística pelos direitos sexuais e reprodutivos.
Manifesto
Pois é! Umas vezes vêm de botas cardadas... outras com pezinhos de lã.
Batem com a mão no peito, fazem rezas, conferências, juntam assinaturas, lançam folhetos, dogmas, as suas certezas, as suas velhas teorias. Chegam a pôr bombas e a assassinar quem pratica o aborto de forma legal e segura.
Porque não toleram o direito à escolha, à liberdade e à auto-determinação, são contra o direito ao aborto;
Porque negam a pluralidade de modelos familiares e só querem uma família patriarcal;
Porque vivem mal com o(s) corpo(s), o(s) prazer(es), a(s) sexualidade(s).
Porque ainda recusam o direito à contracepção, ao preservativo, promovendo única e exclusivamente a abstinência.
Porque temem que os/as jovens usufruam do direito a uma Educação Sexual sem tabus; porque têm medo da liberdade e da vontade das pessoas sobre os seus corpos, movem campanhas contra o direito à informação sobre aspectos fundamentais da vida dos seres humanos.
O Mundo mudou... Portugal também.
...mas há quem queira olhar para a vida, para as mulheres e para a sociedade, como se estas tivessem parado no tempo. Velhos inquisidores ainda cá estão – hoje com vestes mais modernas, mas com pensamentos muito antigos. Os autos de fé que faziam, e onde expunham e castigavam as mulheres que não se comportavam segundo os cânones (mulher submissa, irmã obediente, filha virtuosa), são hoje poderosas campanhas em que se procura perseguir e culpabilizar a sociedade – apresentando bafientas teorias e dogmas como sendo os “valores” de que a sociedade carece.
As cidadãs e cidadãos, assim como colectivos e associações promotoras desta iniciativa, reafirmam que continuam e continuarão a lutar pelo aprofundamento e alargamento de direitos para todos e todas; reafirmam que continuam e continuarão a lutar pelo progresso das mulheres e dos homens que chegaram a este século assumindo o caminho feito como um dado adquirido de que não abrem mão. A vida é para ser vivida com felicidade, direitos, em plenitude e não como um calvário ou um sofrimento, regimentada por velhas regras que alguns grupos nos querem impor.
Porque não queremos mais homofobia nem transfobia neste país.
Porque recusamos qualquer forma de discriminação em função da orientação sexual e das identidades de género(s).
Porque não podemos aceitar que se estigmatizem as pessoas seropositivas.
Porque nos negamos a viver numa sociedade patriarcal em que as mulheres são menorizadas.
Lutaremos sempre por Direitos Civis e por Direitos Sexuais e Reprodutivos, para todos e todas, em plena igualdade. Exprimimos a nossa solidariedade com todas as pessoas que noutros países – e em particular o Estado Espanhol e Brasil - lutam pelo direito a interromper uma gravidez por decisão da mulher.
Os “novos” autos de fé e as perseguições são sempre momentos de retrocesso e de vergonha que deviam, há muito, fazer parte de um passado enterrado.
Associações Subscritoras
Associação Olho Vivo | Associação Positivo | Católicas pelo Direito de Decidir/Brasil | Clube Safo - Associação de Defesa dos Direitos das Lésbicas | Colectivo Feminista | Comuna – Teatro de Pesquisa | Karnart C.P.O.O.A. | GAT - Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA | Gatos que Ladram | Médicos Pela Escolha | Não Te Prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais | NOSOTRAS NO NOS RESIGNAMOS | Panteras Rosa – Frente de Combate à LésBiGayTransFobia | poly_portugal | Ponto Bi | Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens | SERES.VIH.SIDA | SOLIM – Associação para a defesa dos direitos imigrantes | SOS Racismo | UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta